Resenha Avengers 2
- Augusto
- 7 de out. de 2015
- 3 min de leitura

Há exatamente três anos a Marvel lançava a primeira aventura de um de seus grupos mais famosos no cinema. As expectativas eram altíssimas. Lembro-me de esperar ansiosamente na fila. Depois de ver heróis como Homem de Ferro, Thor e Capitão América tomarem vida de uma forma nunca antes vista no cinema, o que esperar de um filme que os reunisse, mantendo atores e conectando todas as tramas? Sucesso, claro. E foi o que aconteceu. Vingadores foi extremamente aclamado pelo público, fossem fãs de carteirinha ou não. Era inegável a qualidade do que a Marvel estava nos trazendo, uma nova era para os filmes de super heróis.Três anos depois temos a continuação. Não necessariamente, pois o filme que precede Era de Ultron cronologicamente é Capitão América e o Soldado Invernal, mas.. Vocês entenderam. Tony Stark e cia. estão reunidos novamente para salvar o mundo. Stark, na melhor das intenções, cria Ultron, uma inteligência artificial similar ao J.A.R.V.I.S. - seu mordomo eletrônico - com o objetivo de auxiliá-los no combate às ameaças desconhecidas do universo e, futuramente, "aposentar" os Vingadores. Como esperado, a I.A. toma rapidamente consciência própria apresentando uma personalidade hostil, criando um corpo e um exército de robôs para si, ameaçando extinguir a raça humana, forçando os heróis a impedir tal ameaça.O filme começa muito bem. Uma missão frenética para pegar o expectador desprevenido e impressioná-lo. Confesso que me perdi um pouco no início, de tão rápida a ação, mas não prejudicou a experiência. O que vemos é um grupo muito mais entrosado do que antes, combinando ataques e fazendo mais piadas e brincadeiras enquanto isso. Os Vingadores nunca estiveram tão bem. Até que os novos inimigos se revelam. O filme traz um pouco mais de profundidade a seus personagens. Em certo momento, a equipe passa por uma crise, graças à Feiticeira Escarlate, nos levando a conhecer melhor a Natasha Romanoff antes de ser uma assassina habilidosa, os medos de Tony Stark, os sentimentos Bruce Banner e um pouco mais da privacidade de Clint Barton, o Gavião Arqueiro. Esta parte, apesar de ser um pouco mais lenta e arrastada, tem o seu valor. Ela traz à tona a humanidade dos heróis que sempre aparentam ser imbatíveis, inatingíveis.Apesar disso, o longa ainda tem a cara da Marvel. Há inúmeros alívios cômicos, todos muito bons e bem colocados, nada forçado. O roteiro, apesar de não me convencer com a forma que Thor "vislumbra" parte da solução, é bem amarrado, tudo tem seu propósito. As cenas de ação continuam excelentes. Uma em específico na qual o grupo encontra-se encurralado pelo exército de Ultron é a que mais chama atenção. Os heróis despedaçam robôs em extrema sincronia enquanto a câmera, neste momento lenta, passeia pelo ambiente mostrando vários acontecimentos simultâneos que disputam a atenção do espectador, tudo muito bem feito e executado. É uma maravilha visual. Será necessário revisitá-la diversas vezes para ter ciência total da mesma. O duelo entre Hulk e Homem de Ferro foi um pouco prejudicado pelos trailers, boa parte dele já havia sido divulgado, o que infelizmente diminuiu seu impacto no longa. Por outro lado, Visão, personagem esperado por muitos que protagoniza uma das cenas mais inesperadas e divertidas, agrada com sua forma de ver o mundo e sua personalidade racional e única.A Marvel ainda está revolucionando o gênero. Ao longo de seu caminho houveram alguns poucos deslizes, mas podemos ver que serviram de lição. Podemos ver que não houve estagnação, a melhoria é contínua. Temos pela frente muitos títulos anunciados, séries e novas fases deste Universo ainda por vir. As expectativas são altas e estão sendo devidamente atendidas para a alegria de fãs, entusiastas e do público em geral. Mas por quanto tempo? Será que esta melhoria vai persistir? Terá a Marvel criado algo fora de seu controle, algo que poderá prejudicá-la futuramente, seu próprio Ultron? São questionamentos para outra ocasião e esperamos abordá-los em breve. Até lá!
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